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Preparo para a colheita

O início da colheita dos grãos de café no Brasil varia de acordo com a região, mas normalmente inicia-se no mês de maio e termina em setembro, em algumas regiões pode-se estender até outubro/novembro, isso devido as variações climáticas.

colheita

Como todo processo de produção a colheita é muito importante e onerosa, uma vez que requer muita mão-de-obra. Deve ser realizada com muita atenção, pois essa etapa influencia no resultado final esperado, que é um café com boa qualidade de bebida.

Para se ter uma boa colheita é essencial um planejamento de todo o processo, com início na limpeza da lavoura (arruação), consequentemente, para determinar quantidade de mão-de-obra necessário e por quanto tempo, os implementos que serão utilizados e se estão com a manutenção em dia, verificar as condições das instalações (terreiros, tulhas, armazéns, secadores, etc.) caso seja necessário realizar algum reparo, além de analisar cada talhão para programar o momento da colheita, isso deve ser feito analisando o grau de porcentagem de grãos maduros (na fase cereja) e, não mais que 20% de grãos verdes.

Fonte: cafepoint.com.br

Devido a topografia em nossa região a maioria das propriedades optam por uma colheita semimecanizada com pano (utilizando derriçadoras) ou até mesmo manual em áreas muito íngremes. Após a derriça ainda no campo, o café passa pelo seu primeiro processo de pré-limpeza, onde são retirados o excesso de folha, galhos e gravetos. Em seguida, o café é guardado em sacos ou bag’s em local sombreado (não mais que 4 horas) até a retirada da lavoura. Após a medição o café é transportado para o terreiro e/ou secador para assim dar início ao processo de beneficiamento do pós-colheita.

Neste período o produtor deve redobrar sua atenção a todo o processo da colheita para evitar possíveis perdas e prejuízos. E assim, colher os bons frutos de uma lavoura na qual recebeu todos os tratamentos adequados, garantido um produto final de qualidade e com uma alta produtividade.

Consultora Agronômica – Valmira Hoste Dutra

PÓS COLHEITA

O cenário atual da cafeicultura exprime uma tendência para a produção cada vez maior de cafés diferenciados de alta qualidade, se tornando uma alternativa interessante para o produtor agregar valor ao seu produto aumentando sua rentabilidade.

A produção de cafés de alta qualidade depende principalmente de um planejamento eficaz de cada etapa da cadeia produtiva do café. Dentre elas, a pós-colheita se destaca como uma das mais importantes, incluindo nessa etapa as fases de processamento, secagem, beneficiamento, e armazenamento do café. Etapas estas, responsáveis pela qualidade final da bebida, realçando características como aroma, doçura, sabor, acidez e corpo.

Inicialmente, na fase de preparo e processamento, o café recém-colhido deve ser limpo (abanado) para a remoção de impurezas e matérias estranhas, como folhas, ramos, terra, paus e pedras. Após a abanação, ainda no mesmo dia preferencialmente, é recomendado que o café seja submetido ao processo de lavagem e separação, retirando impurezas remanescentes e separando os frutos em dois grupos: cereja e verdoengos;  e os “boias”, grãos que estão nos estágios passa/secos ou danificados.

Em sequência, na etapa de lavagem e separação, podem ser adotadas operações que caracterizam o processamento por via seca ou por via úmida. No processamento por via seca, os frutos separados por lotes são encaminhados diretamente para a fase de secagem, no qual são secos integralmente e dão origem aos cafés em coco ou natural. Já no processo por via úmida, lotes com predominância de frutos cerejas passam pelas operações de despolpamento, fermentação e remoção da mucilagem, destinados, posteriormente, à fase de secagem. O investimento por via seca é menor do que no processamento por via úmida.

Após a lavagem, vem a etapa da secagem, onde os grãos processados por qualquer uma das opções (via seca ou por via úmida) precisam passar. Ela consiste na remoção da parte da água desses cafés – que devem atingir um teor de umidade entre 10,5% a 11,5% – para que obtenham condições adequadas para beneficiamento, armazenagem e comercialização. Podem-se recomendar métodos de secagem diferentes em função das condições climáticas da região, desde que se evite a fermentação e que o café não seja submetido a temperaturas elevadas por muito tempo. É preciso ter cautela com temperaturas acima dos 40ºC.

A secagem do café pode ser feita por diferentes métodos. Alguns utilizam energia solar e ventilação natural (como o terreiro suspenso e o terreiro secador coberto) e aquecimento por combustão de biomassa e ventilação forçada (como o secador rotativo ou de caixa).

beneficiamento é considerado como uma etapa responsável por aprimorar a qualidade da café, devido à eliminação das cascas e a separação dos grãos por diferenças físicas, originando o café beneficiado. É interessante que o beneficiamento seja realizado o mais próximo possível da comercialização, para que as características originais do produto sejam conservadas. Exemplificando, o café em coco quando armazenado em condições ideais (temperatura, umidade, luminosidade) tende a manter algumas características como a cor do grão e a umidade.

Uma das etapas do beneficiamento é a limpeza, onde ocorre a separação de impurezas, sendo realizada por um conjunto de peneiras de diferentes tamanhos e tipos de furos. A segunda etapa consiste no descascamento do café onde ocorre a retirada da casca, sendo essa separada do grão pela própria máquina de beneficiamento.

Alguns cuidados a serem observados antes do beneficiamento: Umidade: ideal entre 10 e 12%, onde abaixo de 10% poderá ocorrer quebra de grãos, e acima de 12% o produto poderá ficar comprometido durante armazenamento. Maquinário: a máquina usada para beneficiar o café deve estar limpa e corretamente regulada para evitar possíveis perdas, como quebra de grãos e mistura dos grãos com cascas.

Com os grãos já beneficiados é possível fazer a classificação do café, na qual são utilizadas máquinas com peneiras e/ou ventilação que separam os grãos por tamanho e densidade. É comum utilizar também mesas dessimétricas e maquinário para a detecção e eliminação de grãos defeituosos.

O café deve ser armazenado de forma adequada para que sua qualidade seja garantida. Os tipos mais comuns de armazenamento são em tulhas, em sacarias de juta e mais recentemente, em big bags. O armazenamento em tulhas possui a vantagem de o cafeicultor ter a opção de estocar maior quantidade de produto por unidade de área. Entretanto, devem-se tomar alguns cuidados, como: manter o ambiente fresco e limpo, evitar o excesso de umidade e cuidados com insetos e animais. Já no armazenamento em sacos de juta e em big bags há vantagens como a possibilidade da separação de lotes, a facilidade de acesso e a maior organização do espaço. É importante ressaltar que os sacos não devem entrar em contato com o chão e parede para evitar o excesso de umidade, utilização de estrados para manter a circulação de ar entre as sacarias.

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 Um fato importante e que ocorre com frequência é o branqueamento dos grãos, um indicativo de má armazenagem. Esse fato é caracterizado pela perda de cor dos grãos e, consequentemente, a queda da qualidade de bebida. Alguns fatores de grande influência são a umidade, a temperatura e o tempo de estocagem.

 Deve se ressaltar que as etapas de pós-colheita não melhoram a qualidade do café, mas possibilitam que seja preservada a qualidade inicial que havia sido pré-determinada no campo, pela interação genótipo x ambiente. Assim é de suma importância um processamento pós-colheita bem realizado para que todos os benefícios adquiridos anteriormente sejam conservados.

Eng. Agrônomo e Téc. em Agropecuária Frankciano Rosa Mendes

Referencias Bibliográficas: 

(Pós-colheita: essencial para qualidade do seu café). Disponível em: https://www.cafepoint.com.br/noticias/tecnicas-de-producao/poscolheita-essencial-para-qualidade-do-seu-cafe-90957n.aspx. Acesso em: 13/08/2019.

 

(Boas práticas de pós-colheita influenciam na qualidade dos grãos). Disponível em: https://www.cafepoint.com.br/noticias/tecnicas-de-producao/boas-praticas-de-poscolheita-influenciam-na-qualidade-dos-graos-209666/. Acesso em 13/08/2019.

Conservação do solo

TERRACEAMENTO

A prática de terraceamento da lavoura, para combater a erosão causada pelo escoamento da água da chuva e facilitar a entrada de máquinas nos cafezais, é uma das alternativas para viabilizar a cafeicultura de montanha.

A técnica baseia-se na criação de terraços através do parcelamento de rampas niveladas. Quando bem planeado e bem construído, reduz as perdas de solo e água pela erosão e previne a formação de sulcos e grotas. Esses tipos de lavouras são comuns em regiões do sul e sudeste da Ásia, na China e no Japão, e utilizados principalmente na produção de arroz.

De acordo com o técnico agropecuário, Denilson Figueiredo, “o terraceamento na China é mais complexo, pois precisa ser inundado para ter o cultivo do arroz”, explica. Na cafeicultura, não há a necessidade da inundação e a técnica se mostra bastante eficaz para garantir uma boa produtividade.

Localizadas em grandes altitudes e altas declividades, as plantações de café no Estado sofrem com a dificuldade da mecanização e os altos custos de produção, principalmente com mão de obra, que são maiores do que em outras regiões mais planas.     Para minimizar esses impasses, a prática tem crescido nessas regiões de maior declive como alternativa para aumentar a competitividade da cafeicultura e reduzir os custos com a colheita manual.

É uma técnica também de preservação de solo, porque aumenta a infiltração de água no solo ajudando no desenvolvimento das plantas e no perfil de solo. Os pés de café ficam no barranco, entre uma rua e outra, e as operações são realizadas dos dois lados. O desaterro é realizado com tratores de esteira, que à medida que remove a terra de uma rua, deslocam esse material para a outra, garantindo uma o aproveitamento do solo. Além disso, concentra a matéria orgânica da superfície justamente na faixa de adubação que já vinha sendo utilizada. Ou seja, a perda de raízes quase não ocorre.

A implantação do terraceamento é indicada nos períodos de poda das lavouras: recepa ou esqueletamento, para garantir maior facilidade nos trabalhos com o solo.

 

CURVAS DE NÍVEL

A plantação de café vem despertando, novamente, um grande interesse nos agricultores brasileiros, não só devido aos bons preços que a saca do café vêm alcançando no mercado, mas também pelas modernas técnicas de cultivo, o que possibilita a obtenção de uma produtividade bem mais elevada.

Entre as técnicas empregadas no cultivo do café, podemos mencionar a utilização das curvas de nível, que é o nome usado para designar uma linha imaginária que agrupa dois pontos que possuem a mesma altitude. Por meio dela são confeccionados os mapas topográficos, pois a partir da observação o técnico pode interpretar suas informações através de uma visão tridimensional do relevo. Uma curva de nível refere-se a curvas altimétricas ou linhas isoípsas (ligam pontos de mesma altitude), essa é a mais eficiente maneira de representar as irregularidades da superfície terrestre (relevo). 

 

Os trabalhos de curva de nível para o plantio da lavoura evita perdas de solo e erosão, obtém melhor aproveitamento da água e manejo da cultura nas diferentes fases desde a implantação, formação e produção. As atividades realizadas na propriedade tiveram por objetivo difundir essas técnicas de manejo e conservação do solo para cultura.

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CORDÃO DE CONTORNO

Os cordões de contorno vegetais, também chamados de “franjas”, barreiras vegetadas ou “cercas vivas”, têm o papel de aumentar a diversidade vegetal entre as áreas cultivadas e em torno delas; servir de proteção para os cultivos; e aumentar a diversidade na propriedade. Os cordões de contorno podem ser formados por uma ou várias espécies, incluindo a própria vegetação natural e espécies de interesse econômico para o agricultor como: banana, café, mamão, plantas medicinais, ornamentais e outras. Tanto árvores como cercas vivas permanentes e cercas vivas temporárias podem fazer parte dos cordões, sendo que quanto maior a diversidade nos cordões de contorno, maiores benefícios serão alcançados.

            No cafeeiro o cordão de contorno visa criar um ambiente favorável à proliferação de inimigos naturais, bem como o controle de entrada de doenças e patógenos, além de oferecer resistência aos ventos e controle da radiação solar. 

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CAIXA DE CONTEÇÃO DE ÁGUA (CAIXA SECA)

Durante o período de chuvas intensas, grande parte dos municípios brasileiros sofre com as enchentes. Até na zona rural esse problema ocorre, levando prejuízos para os produtores. A água da chuva arrasta o solo morro abaixo e destrói estradas, impedindo o escoamento da produção, assoreando córregos e rios. Em tempo de seca, o problema se inverte, mas também provoca danos.

Para resolver esse desequilíbrio, a técnica da caixa seca vem sendo empregada nas estradas com sucesso. Ela nada mais é que um buraco cavado em encostas nas margens das estradas que capta a água da chuva e os sedimentos levados por ela. O método evita enxurradas, voçorocas, assoreamento dos rios e depredação das estradas. Além disso, contribui para o abastecimento do lençol freático e a vazão dos rios.

 

Eng. Agrônomo e Téc. em Agropecuária Frankciano Rosa Mendes

 

Referencias Bibliográficas:

 (Café: Terraceamento otimiza produtividade e contribui para preservação do solo). Disponível em: < http://revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=61278&cafe–terraceamento-otimiza-produtividade-e-contribui-para-preservacao-do-solo.html> Acesso em: 10/04/2019).

(Novas técnicas no cultivo do café). Disponível em: < http://revistacafeicultura.com.br/?mat=20865> Acesso em: 10/04/2019).

(Emater-RO orienta sobre sistema de curva de nível para implantação de café clonal.). Disponível em: < http://www.emater.ro.gov.br/ematerro/2017/11/03/emater-ro-orienta-sobre-sistema-de-curva-de-nivel-para-implantacao-de-cafe-clonal/> Acesso em: 10/04/2019).

(Curva de nível). Disponível em: < https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/curva-nivel.htm> Acesso em: 10/04/2019).

(CORDÕES DE CONTORNO). Disponível em: < http://www.agroecologia.gov.br/sites/default/files/publicacoes/4-cordoes-de-contorno.pdf> Acesso em: 10/04/2019).

(Como fazer caixa seca. Técnica tem demonstrado bons resultados no combate à seca e à formação de voçorocas). Disponível em: < https://revistagloborural.globo.com/vida-na-fazenda/como-fazer/noticia/2013/12/como-fazer-caixa-seca.html> Acesso em: 10/04/2019).

Desequilíbrio Nutricional em plantas de café e seus prejuízos

Os nutrientes tem diversas funções nas vidas das plantas, são componentes estruturais que atuam nas moléculas de enzimas e coenzimas, e são ativadores enzimáticos.

Para completar seu ciclo as plantas necessitam de: carbono, hidrogênio, oxigênio e mais 14 elementos essenciais, sendo eles, divididos em micronutrientes e macronutrientes. A falta ou excesso de um nutriente pode acarretar diversos prejuízos, pois a planta produz através do elemento que está em falta, assim devemos manter os elementos equilibrados, pois o excesso de um elemento inibi a absorção de outro, plantas bem nutridas estão melhor protegidas de pragas e doenças, diminuindo assim, prejuízos ocasionados por tal.

 

Nesse trabalho foi coletado duas plantas em um talhão, foram separados os grãos cereja, Verde-cana, verde e seco. Após a separação foi feito a contagem dos grãos, no qual observamos: 26%grãos cerejas, 33%grãos Verde-cana, 14%grãos verdes e 27% grãos secos. Logo após, fizemos a pesagem e obtivemos os seguintes resultados:

 

Foi feito a contagem total de grãos e pesagem totalizando em 912 grãos com 991g gramas totais onde teve : 

Grãos Cerejas= 237 grãos, 343 gramas.

 

Grãos Verde-cana= 294 grãos, 339 gramas.

 

Grãos Verde= 131 grãos, 138 gramas.

Grãos Seco =250 grãos, 171 gramas.

 

Foi feito também a pesagem de 20 grãos.

Cereja =29 gramas.

Verde-cana =23 gramas.

Verde =21 gramas.

Seco= 14 gramas.

Conclusão

Devido a nutrição desequilibrada foi ocasionado várias doenças, onde foi observado a seca de ramos com frutos, ocorrendo assim, uma perda de 5 sacas por há, perda na qualidade de bebida e um prejuízo grande para o próximo ano safra, devido a perda de hastes e de área fotossintética “folhas”.

 
 

PATTRYCK YAN NICOLAU VITOR DE OLIVEIRA

Engenheiro Agrônomo 

Pós Graduando em Fertilidade de Solos e Nutrição de Plantas.

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